sábado, 24 de dezembro de 2011

CARTA AO MEU AMADO



Contagiada por todo este clima de festa e confraternização aproveitei para analisar a minha vida, e reconhecidamente feliz, agradeci. Agradeci a Deus não somente pelos bens materiais, mas principalmente pelo amor recebido. Me senti muito abençoada por receber amor de tantas formas, e cores e maneiras, que me tomam, me dão brilho, despertam meu prazer de viver. A família, os amigos, meu filho tão especialmente belo de alma... Tanta gente, tantos amores, de tantas formas e cores, e maneiras, que me tomam, me dão brilho...

Feliz com estes amores, que me acariciam como quem recebe flores, estas também cheirosas, mas com vida mais frágil e curta que a minha ascendência (ainda bem!); enxerguei sob o alcance dos meus olhos sonados, mas atentos, a razão de grande parte deste afeto recebido, desenvolvido, aperfeiçoado de tantas formas, e cores, e maneiras que me tomam, me dão brilho... E através destas simples palavras decidi tornar público o que já era exposto, tornar claro o que já era subentendido, tornar palpável e registrado o que há muito é realidade: MEU AMOR POR VOCÊ GLAUCIO!

Este amor que chegou devagarzinho e de uma forma inexplicavelmente mágica se instalou dentro da minha alma e me tornou absolutamente especial! O teu amor maduro, equilibrado, mas voraz, seguro, determinado, forte o bastante para te aproximar de mim de maneira “definitiva”. Intencionalmente dedicado, conquistou a minha admiração e amolecendo meus medos, acalmando minhas angústias, confortando alguns espaços abertos dentro do meu coração, te fez meu e me tornou tua para sempre!

Amor que me ensinou que o orgulho nos afasta da presença divina, e que mais vale relevarmos os defeitos da pessoa amada e mantê-la por perto feliz, do que criticarmos o aparentemente incorrigível, que acaba se tornando correto quando livre para se tornar assim.

O seu amor que me ensinou que humildade não é tentar ofuscar um talento reconhecido, mas saber conviver com ele sem se sentir melhor do que ninguém.

Que me mostrou a capacidade que tenho para conquistar muito mais do que imaginava. Ratificando que por mais difícil que a realidade possa parecer, sempre há um motivo para sorrir e celebrar.

O seu amor que me deu força para enfrentar antigos fantasmas que insistiam em depreciar minha capacidade de gerenciar uma família, e transformou minhas vontades individuais em sonhos palpáveis e coletivos.

O seu amor que me ensinou o significado de solidariedade ao acolher e apoiar a minha família como sendo realmente sua.

Amor que me fez ver que não se julga realmente um homem pelo que ele aparenta superficialmente, mas pelas obras realizadas e pelos sentimentos difundidos.

O seu amor que me deu muitos amigos de presente, me ensinando a compreender o próximo individualmente, sem muita preocupação com padrões julgamentos e afins.

Amor que me ensinou a ver o mundo de muitas maneiras diferentes, despertando aptidões e aprimorando conhecimentos que haviam se perdido pelo tempo.

Que me exigiu amadurecimento espiritual para suportar realidades que aparentemente me julgava fraca para suportar.

Amor que me ensinou que a paciência pode ser uma forte aliada se estivermos caminhando de forma constante e progressiva por caminhos seguros e bem guiados.

O seu amor me fez entender que simplicidade é poder circular entre rodas diferenciadas e ainda sim se manter fiel a hábitos desenvolvidos, sem se frustrar, contaminar, se corromper.

O seu amor me mostrou o que é sinceridade, honestidade, correção.  

Me ensinou que o passado serviu como preparação para o que enfrentamos hoje, e que o futuro certamente trará os frutos de tudo que plantarmos nos dias atuais.

O seu amor... O seu amor...

O seu amor extrai de mim o que tenho de melhor. Me contagia, me toca, me emociona. O seu amor me faz mais grata a Deus todos os dias. Me preenche, me completa, me ajuda a descobrir quem realmente sou. E quem posso ser...

O seu amor fez do seu caminho o meu caminho. Me mostrou que o que ficou para trás era muito menos do que o que eu tinha para receber. Me ensinou que a família é o bem mais precioso e a manifestação mais forte do que significa amar.

O seu amor não poupou minhas fragilidades, mas me fez tentar enfrentá-las e vencê-las.

Você reconhece e até alimenta minhas manhas, e supri meus dengos confortando minhas aflições e carências de menina bem cuidada por uma família dedicada e unida. Sabe conviver com meus defeitos e por mais que possam incomodá-lo, torna-os irrelevantes ao nosso cotidiano, fazendo nosso convívio muito mais leve e feliz!

Como diria Charles Chaplin: “Sua felicidade é fruto das suas escolhas!!! Valorize as pessoas que te amam!!! Existe uma força... Que nos leva a viver. Uma força que nos faz recomeçar que nos faz sorrir que nos faz suportar as dores. Que nos faz suportar a saudade que nos faz buscar a felicidade. Existe uma força muito além de nossos olhos maior que imaginamos, que nem sempre procuramos, mas, ela sempre está a nossa espera. Existe uma força que nos faz sonhar. Uma força que nos faz acreditar. É uma força chamada amor. É uma força chamada persistência. Uma força chamada coragem. Uma força chamada fé! Uma força que nos faz desejar viver”...

Você é parte fundamental desta força em mim! TE AMO DEMAIS!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Festas de final de ano... Bom seria se...


Final de ano... Época de festa, comemoração, reunião em família... Período de auto-avaliação, reencontro, promessas para o novo tempo...
Nesta fase do ano, de uma maneira geral, as pessoas ficam mais sensíveis, mais generosas, mais... Mais! Os sentimentos são maximizados e a necessidade de compartilhá-los com a família, os amigos, torna-se ainda maior.
Como não se emocionar com a beleza das luzes coloridas, com os enfeites natalinos, os corais bem ensaiados das crianças carentes da comunidade? Como não reparar na beleza das árvores de Natal cuidadosamente montadas com dias de antecedência, no olhar doce do Papai Noel, que multiplica-se de maneira extraordinária a cada esquina? As músicas temáticas, os CDs do Roberto Carlos, os panetones, as caixas de bombons finos, o pernil e etc, etc, etc.
Sem dúvida, o mundo se torna mais mágico, mais bonito, mais encantador. Redescobri-se o prazer pela vida, pelo sorriso, pelas mais diversas emoções.
Ao mesmo tempo, é curioso como “repentinamente” muitos redescobrem sua “religiosidade”, sua “preocupação pelo próximo”. Que não precisa ser o menino de rua pode ser a própria mãe, um irmão, o porteiro enfim...
Bom seria se este “espírito natalino”, essa “vontade de ser melhor”, “fazer o bem”, fizesse parte de uma constante na vida das pessoas. Afinal de contas, um ano é tempo demais para quem tem fome, para quem não tem onde morar. Um ano é tempo demais para o pai que espera o telefonema dos filhos, para a criança pobre que não tem o que vestir, com que brincar.
Bom seria que o Papai Noel existisse todos os dias espalhando alegria, carinho e esperança.
Bom seria que soltássemos fogos de artifício toda vez ao acordarmos como forma de celebrar a benção por estarmos vivos.
Bom seria que ao trocarem presentes em amigos secretos, as pessoas permutassem amor verdadeiro e fraternidade; e não superficialidades que envolvem mais preocupações com o valor dos presentes recebidos do que com o ato proposto realmente.
Bom seria que as pessoas se reunissem por prazer não por obrigação. Que pudessem reconhecer como é bom ter uma família unida com tantas histórias para contar, ao invés de ficar reparando quantos pedaços de Chester cada um comeu.
Bom seria que a fartura das ceias fizesse parte da mesa de todas as casas de bem, diariamente. Que as pessoas pudessem ajudar-se mutuamente, como se todas as noites fossem especiais.
Particularmente, acho encantador todo este universo. Acho mágico sim e emocionante todo este movimento de festas de final de ano. Não importa muito as diferenças: se por influência religiosa para uns, comercial para outros, o importante mesmo é aproveitarmos estes momentos para manifestar os bons sentimentos que existem e que às vezes, devido à correria cotidiana ficam escondidos, apagados e acumulam-se dentro dos nossos corações. Demonstrar amor nunca é demais!
Mas bom mesmo seria que não esperássemos a noite natalina para manifestá-lo. E não resolvêssemos nos corrigir apenas a partir da virada de cada novo ano...
Jesus Cristo morreu, e ressuscitou! Ele continua vivo no coração de todos aqueles que crêem em seus ensinamentos. Certamente Ele não espera ser lembrado e celebrado apenas um dia por ano. Certamente Ele gostaria que praticássemos seus ensinamentos todos os dias, independentemente de religião. Se pensarmos assim todos os dias podem ser como o Natal!
Ah... Festas de final de ano... Bom seria se todos os dias fossem assim!

 

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Era uma vez...



Era uma vez uma doce jovem que sonhava em encontrar um homem interessante e apaixonado que quisesse casar e compartilhar um grande amor. Os anos se passaram, e o que parecia apenas sonho, como por encanto aconteceu. E quando deu por si, lá estava ela... Linda, toda de branco...
Seu sorriso contagiante, cativava, emocionava, tocava a alma dos convidados. Quanta alegria, quanta satisfação. Sua felicidade era tão grande, que seus lábios pareciam flautas entoando canções românticas pelo salão! Como se pássaros acompanhassem seu deslizar sob o som da valsa, e como se nuvens fossem delicadamente espalhadas pela pista de dança, proporcionando momentos deslumbrantes a todos nós.
Parecia que pétalas de rosas saiam dos seus sapatos, cuidadosamente escolhidos para celebrar aquele momento mágico da sua vida, formando um caminho de flores perfumadas e vistosas por onde ela passava. Seus movimentos pareciam acontecer em câmera lenta, tamanha classe e delicadeza. Seus olhos brilhavam mais que as estrelas daquela noite, aliás, o céu se rendeu à sua beleza, sua felicidade, sua emoção. E contagiou a todos nós...
Ele, o verdadeiro príncipe. “Ah, como valeu a pena esperar por este momento...”- transparecia ela ao olhá-lo com admiração. Quanto cuidado com sua amada, quanto carinho, quanto amor... “Está ainda mais bela” – demonstrava o escolhido ao observá-la atentamente, deixando-a brilhar! “Brilha minha amada, brilha! Isto tudo é para você! Tudo pra você”... Diziam os seus olhos apaixonados...
Quanta fartura, quanta beleza, quanta dedicação... Decoração de bom gosto sob as luzes que refletiam a beleza do mar... Um menu de primeira qualidade, variado, delicioso. E os docinhos então? Tinha brigadeiro de uns dez tipos diferentes, doces com asas de anjos, e até “Santo Antonio comestível”, para os mais afoitos a encontrar seu par... (dizem os mais maldosos que teve gente congelando alguns destes, guardando nos bolsos, no arranjo de cabelo...).
De repente... O que parecia sonho para os noivos, virou sonho para mim... Um batuque contagiante, delicioso, inspirador tomou conta do salão, me trazendo de volta para a Bahia! Um grupo de baianas devidamente caracterizadas se espalhou pela pista e ao som referência dos soteropolitanos, me realizei. Dancei, sambei, “carnavalizei”, tudo que tinha direito. Meus pais brincam que se não tivéssemos mudado de lá, (morei em Salvador uns bons anos da minha infância-adolescência), teriam me perdido atrás do trio elétrico. Não duvido. É impressionante como aquele batuque movimenta até os mais tímidos, uni, aproxima as pessoas. Barreiras se quebram e dão lugar ao rebolado, à sensualidade, ao algo mais que o baiano tem!
Se até os mais tímidos se aventuraram a arriscar uns passos de axé, o que dizer das senhorinhas mais fogosas que se identificam com as dançarinas africanas e, acreditando ter o seu rebolado, soltam os quadris, balançam a cabeça, movimentam os braços para todas as direções (todas mesmo!). Já não importa mais o ritmo (até porque muitos têm certa dificuldade em acompanhar... abafa!). Aquele momento vira uma espécie de terapia, e os sentimentos mais contidos afloram, dando lugar a... Tudo que estiver guardado dentro de cada um... Preocupante para uns, revelador para outros, mas não importa. Estamos na Bahia, a terra do algo mais, da alegria...
... “ah... festa de casamento... na Bahia...”!
Observando aqueles momentos com olhar de quem veio de longe, tive ainda mais certeza de que cada esforço valeu à pena. Cada quilômetro percorrido, cada expectativa, cada emoção guardada por tantos anos. Que felicidade poder voltar àquele lugar, encontrar amigos tão queridos, e desfrutar de um momento tão particular na vida de um casal...
Naquele instante, fechei os olhos e agradeci. Agradeci a Deus por tanto amor, por tanto carinho, por tanto cuidado. Agradeci por estar ali, fazendo parte de tudo aquilo. Agradeci por todas as pessoas que colocou no meu caminho... E chorei de felicidade!
Os anos se passam, as relações se transformam, mas os sentimentos puros e verdadeiros, sem clichê, ficam. E mesmo que a distância nos afaste geograficamente das pessoas amadas, quem realmente está presente na nossa alma, fica para sempre. E serão sempre mais forte do que qualquer outro que venhamos a encontrar. Porque fazem parte da nossa história, do nosso conceito de vida, da nossa formação. Contribuíram de alguma forma para que definíssemos nossa personalidade, e nos guiaram a caminhos, que influenciam nossas vidas até hoje...
Ainda me lembro da Dedé (a noiva!), me inspirando com seus passos de balé pelos teatros de Salvador... É bom ver que ela continua emocionando, se destacando, sendo a estrela que merece ser...
Brilha minha noiva, brilha. Hoje o dia é todo seu!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

COISAS QUE APRENDI...



Não basta dominarmos as teorias para termos bons conceitos escolares. O mais importante é saber usá-las e adaptá-las à realidade de cada empreendimento que formos planejar. Se nossas posturas forem bem trabalhadas, redundarão em sucesso empresarial... na vida, a única coisa que temos como certa é a mudança, e que ela está ocorrendo a todo o momento.
Sejam agentes da mudança, não esperem que os outros façam primeiro!
Não conseguiremos parar a evolução do conhecimento humano; se não nos adequarmos perfeitamente às exigências do mercado, ficaremos desatualizados, seremos expulsos sem dó nem piedade.
Evoluam, acreditem nas suas idéias, ousem sempre e provem que com trabalho árduo e contínuo, o sucesso pessoal e profissional é uma questão de tempo!”

Muitas pessoas me perguntam de onde tiro tanta inspiração. Está aí, este texto faz parte do livro TREINAMENTO EM QUALIDADE – Fator de Sucesso para Desenvolvimento de Hotelaria e Turismo da Editora Roca, escrito por PAULO SILAS OZORES FLORES, MEU PAI!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

VIVA O BELO QUE É BELO!


Afirmar que parecer não é ser, não é desaprovar a forma, o belo, o apresentável. Valorizo, busco, e “reparo”. Apenas não acredito que se construa uma vida profissional ou pessoal somente em cima deste conceito.
Claro que não dá pra ser completamente relax e achar que as pessoas vão descobrir o que existe dentro de você. Se puder dar uma forcinha, e dar sinais através do seu comportamento, sua forma de falar, se apresentar, vestir, já é meio caminho andado. Facilita e agiliza a comunicação. Mas julgar apenas pela aparência pode ser injusto e arriscado.
Não sou a favor do extremismo seja da forma que se apresentar. Não julgo por aparência, apesar de cuidar da minha, não afasto porque não conheço, apesar de não me entregar logo de cara, e apesar de acreditar que a primeira impressão sempre fica, acredito também, que pode ser remediada e alterada, para melhor ou para pior, dependendo das nossas atitudes.
Não somos escravos de sistema algum, mas é preciso estar infiltrado dentro dele, para que as pessoas te escutem, te enxerguem, te valorizem. Por vezes pode ser muito prazeroso, mas muitas outras chega a ser frustrante. Principalmente para quem naturalmente não se identifica. Não advogo em causa própria, mas em defesa de muita gente competente que já conheci e não consegue seu lugar ao sol!
É isso, entender o sistema, aprender como funciona, e trazê-lo a seu favor. Manter um visual que vá de encontro à maneira como você quer que as pessoas te enxerguem. Estudar expressões que por mais que tragam preceitos antigos já vistos anos atrás, nos façam parecer mais atualizados e até capazes. 
Tem sim a poesia de conseguir tocar o outro através de uma imagem, uma apresentação, um símbolo. Mas até para a poesia ter sentido, tem que ser profunda no processo criativo, ainda que seja externada “apenas” a imagem “simplificada” que gerou.
Li a pouco um texto sobre Steve Jobs que falava “a simplicidade é a máxima sofisticação” – “ele dizia que a simplicidade resulta da conquista das complexidades.” Transformar o complexo em “aparentemente simples” é muito mais difícil. Para tanto, o conteúdo continua sendo fundamental.
Vivo o belo, que é belo! Não o belo que apenas parece ser!

PARECER, NÃO É SER!



Quanto mais o tempo passa, mais agradeço a Deus por todas as oportunidades vividas. Elas me prepararam para pensar, criar, desenvolver, transformar, aceitar, conviver, e não simplesmente absorver informações por osmose como vemos por aí.
Não é preciso fazer viagens internacionais, intercâmbio, cursos mil para saber trabalhar direito, para fazer bem feito, para ter qualidade. Claro que a informação complementar é excelente para nos atualizar, trazer segurança e mais preparo cultural até para argumentar sobre as decisões tomadas. Mas mais importante do que saber falar “brainstorm”, “benchmarking”, “workshop”, etc, é saber o que fazer com tudo isto, onde usar, como usar, por que e para quê.
O que trazemos dentro da alma é que nos faz enxergar o mundo diferente. A capacidade de analisar as situações com sensatez e sabedoria, é que nos torna bons no que fazemos. Não as expressões que usamos, nem a quantidade de línguas que aprendemos. Melhor trabalhar profundamente com conteúdo em português, do que falar superficialidades em três línguas diferentes. Copiar o que todo mundo já sabe não é sinônimo de inteligência. Aprender a pensar através da interpretação dos fatos, isso sim é diferencial.
E essa “onda de ser politicamente correto”? Poupem meus ouvidos! É uma hipocrisia absurda. Muitas pessoas falam que não ligam para a imagem, mas investem em autopromoção o tempo todo. Criticam quem valoriza o status, mas andam com o carro da moda, dizem que dinheiro é fator secundário, mas só trabalham se for para ganhar bem... Pára com isso! Todo mundo tem o direito de pensar o que quiser, mas não faça apologias daquilo que não acredita. Aliás, quem tem a necessidade de reafirmar um pensamento destes o tempo todo, está tentando se convencer do que não é!
Desculpem os politicamente corretos então. Mas eu gosto sim de saber que sou bem vista pelas pessoas que me importo, sei que status não é sinônimo de sucesso e riqueza, mas às vezes te traz um conforto gostoso de usufruir, e dinheiro, é conseqüência, mas não deixa de ser muito melhor tê-lo do que não tê-lo. Errado não é gostar das coisas boas, é não saber dosar. É a falta de equilíbrio, o erro da análise sobre quem manda em quem.
 Estar atualizado sobre as novas mídias sociais, sobre as expressões mercadológicas do momento, sobre os pensamentos dos filósofos mais importantes da história do mundo, é muito bom, para si mesmo. Para agregar conhecimento, cultura, e dar base para desenvolver sua própria opinião. Mas acreditar que realmente isso é suficiente é o mesmo que dizer que importante de fato na construção de um prédio é o jardim de inverno que colocaram na frente da portaria (embeleza, mas não assegura a sustentação do prédio). Um bolo não fica gostoso porque você alisou a cobertura corretamente, é bom porque os ingredientes usados são bons, a combinação deu certo, e principalmente, você soube fazer. A apresentação visual conta, enche a boca de água, mas a quantidade de nervuras sobre ele não é o que vai realmente fazer a diferença no sabor.
Valorizo a imagem, o belo, o externo. Mas temos que tomar cuidado para não confundir o que parece com o que é. Essa geração “Denorex”, cheia de frases feitas e linguajar descolado tem que abrir o olho. Para ser bom mesmo, tem que saber fazer, colocar a mão na massa, decidir e se bancar. Não se esconder atrás de uma imagem padronizada que relembra a época do desenvolvimento industrial onde a produção em série estava em ascensão. Hoje em dia, se diferencia quem é diferente, quem faz, e principalmente, quem toca quem emociona quem transforma o ambiente por onde passou.
Não tenho a pretensão de admitir que minhas palavras são uma verdade absoluta, apenas uso este espaço como desabafo, uma forma de levantar algumas questões que há algum tempo tenho observado. Por isso novamente agradeço a Deus pelas oportunidades vividas, porque através delas, posso até não ter aprimorado alguns conhecimentos da forma como deveria, mas construí algo muito mais importante, que é substância de alma. Ela é que nos permite ver e enxergar, ouvir e compreender, ler e interpretar. E isso, não tem expressão nenhuma no mercado que ensine.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Olhares...

www.drikaflores.blogspot.com

Às vezes não nos sentimos sozinhos no meio da multidão? Quem nunca teve a sensação de solidão em meio a tanta gente, com tantos pensamentos, comportamentos e verdades? Olhares de todos os cantos, formas e lugares?
Tantos olhos, com tantos olhares, bons, ruins, de admiração, de crítica, de veto. Olhos que nos cobram que nos acusam do que eles mesmos cometem.
Difícil lidar com certos olhares, que mesmo sem querer vê-los, nos atingem de forma pessimista e cruel. Olhos de inveja, de maldade, de quem não fez, de quem não sabe fazer. Na maioria das vezes, quem olha muito para o lado e repreende mesmo sem falar, e condena mesmo sem conhecer, e desmerece mesmo sem saber, é quem não tem nada a oferecer. Olha para fora porque não tem nada de bom dentro de si para admirar.
Ah, o que seria de nós se não fossem os olhos de amor, daqueles que nos conhecem do ventre, que conhecem a nossa essência. Sabem que temos fraquezas (quem não as tem), mas acreditam no nosso poder renovador, de aprendizado, de luta, de conquista!
Ah... O que seria de nós sem os olhares que esperam pela nossa chegada, pelo nosso afeto, pela nossa atenção. Tão mais difícil seria viver sem estes olhos cúmplices, parceiros, “permutantes” de amor. Olhos de necessidade, de vontade, de força.
Porque será que com tantos olhos bons que nos cercam, ainda nos incomodam aqueles olhos feios e opacos, que não acrescentam que passam despercebidos para a maioria na multidão? São nada, são ninguém, sem talento, sem criatividade e... Sem voz, porque não têm coragem de externar o que sentem o que pensam. No fundo talvez se envergonhem daquilo que são. Por isso, somente olham... Vêm suas vidas passar, e não vivem, não sentem. Têm medo da represália, da condenação de olhos como os seus...
Melhor é sermos livres para assumirmos nossas fraquezas e vivermos felizes, leves, inteiros. Que importam os olhares maldosos? Mas valem os que me olham pelo bem, esses asseguram minha força, minha luta, minha razão de viver.  
E daí darmos risadas de vez em sempre, e daí gostarmos de brincar e nos permitirmos ser infantil? “Nos permitirmos ser infantil”, muito diferente do que realmente o ser. Só se permite ser assim quem tem maturidade suficiente para saber a hora de encarar com seriedade as dificuldades que a vida coloca em seus caminhos. Não fosse isso, o que seria do nosso coração, da nossa pele, da nossa saúde e do sangue que circula pelas nossas veias? Mas não se enganem, é somente uma defesa frente aos contrapontos da vida, uma forma de despistar o adversário, acelerar sem que percebam a ultrapassagem na curva mais perigosa.
Melhor que alguns continuem acreditando que ainda estamos na adolescência, assim temos tempo suficiente para crescer e aprender ainda mais, e quando se derem conta, estaremos tão longe, mas tão longe, que mesmo que seus olhos de coruja queiram nos alcançar, será impossível nos localizarem voando pelo universo.
Que nos importam os olhos feios, e estrábicos, e caolhos... São olhos tristes, incompetentes, sem graça... Que importam os olhos feios? Que importam? 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Carta de Apresentação Informal


Busco uma oportunidade de desenvolvimento dentro da Comunicação. Não me julgue pelo que acha que não sou, mas pelo o que posso me tornar.
Tenho agilidade e rapidez para aprender. E fundamentalmente, disposição. Já estive em diversos lugares, e isso me capacita compreender a importância do estudo e da humildade para crescer; e do estudo e da humildade para permanecer grande. Sem falar no jogo de cintura.
Não sei se serei a melhor profissional que já conheceu, mas certamente serei melhor do que eu mesma a cada dia.
Sei que tenho defeitos, mas eles não me impedem de desenvolver atividades de grande utilidade dentro de uma empresa, porque sou esperta, e vou tentar ressaltar cotidianamente, aquilo que de melhor souber fazer. Meus defeitos ficarão despercebidos, mas farei das minhas qualidades uma alavanca para conquistar sua confiança e merecer oportunidades maiores à medida que for me conhecendo.
Sou humana, e por mais que tenha maturidade suficiente para agir com imparcialidade na vida profissional, não me julgue inadequada se me sentir triste com alguma dificuldade pessoal que possa surgir.
Sou simples, sincera e leal. Se me der a condição para aprender, logo perceberá bons frutos com meu trabalho. Se não me der, irei buscá-la, não costumo esperar de braços cruzados. Vou atrás das informações das quais preciso. Aliás, mais da metade das coisas que sei, não vieram de mão beijada, estou acostumada a lutar.
Por fim, não acredite que minha aparência juvenil e meu sorriso solto sejam o retrato de uma pessoa superficial e descompromissada, é apenas uma forma de dizer que estou aberta a te receber com carinho, mesmo que respeite a hierarquia, e acredite no trabalho que irei desenvolver. Afinal, se puder me relacionar bem com aqueles que me cercam, porque não farei?    

Att
Adriana F Flores Mafra

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ainda lembro da minha infância...

Ainda me lembro dos finais de semana na praia, me lambuzando de sorvete, tomando banho de mar! Lembro-me do sanduíche de pão de forma da minha avó, da água de coco, daquele biquíni branco que minha mãe usava e, deixava-a ainda mais linda! Sem falar nos finais de semana no “Hotel Quatro Rodas”, ai que delícia! A piscina imensa, as quadras de tênis, o lago em frente ao restaurante, quantas histórias...
Passei a minha infância toda na Bahia, morando em Salvador. E posso falar que foram uns dos anos mais felizes da minha vida. Era uma época diferente, parece que o dinheiro rendia mais. Confesso que como criança, não tinha esta preocupação, muito menos noção para avaliar, mas às vezes tenho esta impressão. Algo era diferente, se não na economia, no mundo em que eu vivia.
Certamente fui muito privilegiada por ter nascido em lar cristão, ter recebido muito amor, boa instrução, excelentes condições de vida e alimentação. Eu vivia em um mundo tão especial que se pudesse, mudaria para lá! Só de lembrar, me sinto mais leve...
Meu pai era um super herói. Como às vezes dava cursos e treinamentos em hotéis e restaurantes, éramos tratados como “personalidades”! Achava o máximo! Além disso, ele era atleta. Corria todos os dias com a “turma da madruga” e ainda jogava tênis aos finais de semana... Minha mãe a mulher mais doce e linda do mundo e meu pai um super herói, bom saber que não estava enganada!
E o que dizer da minha imaginação mais do que fértil que me fazia ver golfinhos embaixo da minha cama, e luzes fluorescentes saindo dos olhos das minhas bonecas? O corredor do apartamento até a cozinha parecia algo sem fim. Beber água a noite se tornava uma viagem assustadora. Só a minha mãe mesmo para ter tanta paciência...
Aliás, várias noites por semana, eu pegava meu colchão, ou mesmo meia dúzia de almofadões (para meu pai não ouvir muito barulho!), e ia dormir no quarto dos meus pais. Sonhava com uma velhinha esquisita que queria me roubar, então dava a mão para a minha mãe, e naquele instante, me sentia a criança mais protegida do mundo. Sabia que estando ali, nada de ruim poderia me acontecer. E de certa forma, tinha razão!
Lembro também que morria de raiva quando a minha irmã, que dormia no mesmo quarto que eu, sempre destemida, dormia em menos de um segundo, não me dando chance para adormecer na sua frente sem medos. Ela fazia um movimento com os olhos que pareciam estar abertos, e eu ficava horas colocando a mão sobre o seu nariz, para ter certeza de que estava respirando... Aliás, vira e mexe eu fazia isso com todos da casa!
Meu irmão era uma figura, briguento, mas muito amável. Conhecia tomo mundo, e conversava com os adultos de igual para igual. Quando eu queria fazer alguma coisa que tinha vergonha, era nele que me apoiava. É já fui muito tímida um dia...
Morávamos de frente para o mar (que saudade), e estudava a uns trezentos metros de casa. Aconteciam festas de aniversário no salão do prédio quase toda semana e fazíamos muitas brincadeiras no play (muito menos equipado do que os de hoje, mas certamente, muito mais divertido). Os feriados nas casas de praia que alugávamos com um grupo de amigos, as idas ao shopping para patinar no gelo, as aulas de balé, o acarajé toda sexta feira. Os domingos no Clube Espanhol, ou no Iate Clube junto com a família da Tia Vera e do Tio Netinho. Todo final de semana estávamos juntos. Eu e a Fernanda, filha deles, éramos como irmãs. Assim com o Marcelo e a Déa. Sentimentos como estes nos acompanham para a vida toda...
Ah como era bom ser criança! Sinto falta do romantismo e da poesia daquela época, da vida tão mais encantadora. Sinto falta do sorriso solto, e das pessoas que se foram...
Difícil mesmo foi crescer e ter que admitir que, aquele mundo na realidade existia apenas na minha cabeça e nas minhas intenções. Reconhecer toda maldade e violência, e ter que lutar diariamente. Talvez seja por isso que tenha essa tendência a ser brincalhona, e parecer até um tanto infantil, é uma forma de trazer a minha infância para perto da alma, e me sentir melhor.
Quando me lembro da minha infância, e vejo a realidade de tantas crianças neste mundo hoje, choro em silêncio. Criança deve ser tratada como criança. Deve ter o direito de brincar, de estudar e ter comida na mesa. Confesso que muitas vezes tenho vontade de fechar os olhos para não enxergar certas situações, tamanha a dor, e indignação que despertam. Mas não vai resolver, pelo contrário, só piora o que já está péssimo. Gostaria sinceramente de fazer algo pelas crianças deste mundo. Talvez levá-las para o lugar onde eu vivi, esperando o tempo certo para que possam crescer e analisar as dificuldades da vida, com condições para se defender.
Dia 12 de outubro esta chegando, mais do que brinquedos, nossas crianças precisam de amor, casa, comida e educação. Uma boneca de plástico que oferecemos, pode aliviar um pouco o sentimento de desconforto, mas não garante a sobrevivência de ninguém. Vamos pensar e desenvolver algo maior...
Que neste dia das crianças, assim como em todos os outros, tenhamos mais preocupação em ensinar aos nossos filhos o que é o amor, o respeito e a fé, e menos vontade de sobrecarregá-los com brinquedos inúteis, que desviem seus sentimentos do que realmente importa; criando uma visão muito mais materialista do que deveria, e muito menos espiritualizada do que necessário. Que possamos abraçá-los fortemente, e juntos orar:
“Senhor Deus, te pedimos que neste dia das crianças o Senhor possa iluminar nossas mentes e direcionar nossos pensamentos a um caminho que nos ajude a melhorar a vida dos nossos pequenininhos. Te pedimos inteligência, sabedoria e fé, para que todos os recursos necessários sejam adquiridos. Pedimos humildade, paciência e forças. Que o Senhor com seu infinito poder, toque no coração dos seus filhos fazendo um movimento de amor. Nos dá condições para fazer o bem e livrai os teus pequenos de todo mal, amém!”

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS!!  


http://www.vitrinerevista.com.br/atual.asp

sábado, 24 de setembro de 2011

O que dizer deste povo brasileiro...


Se pararmos para observar a quantidade de histórias “fabulosas” que temos ao longo do nosso Brasil, ficaríamos loucos. O povo brasileiro é um povo sofrido, que sabe bem o significado do “suor do próprio rosto”. Certas histórias chegam a ser fantásticas se não fossem tão dramáticas. A capacidade de superação do ser humano, de luta, de força e coragem, são coisas absurdas. Famílias inteiras passando dificuldades de toda ordem: financeiras, de saúde, enfim.
Pequenas “construções” que abrigam sete, oito pessoas. Sem infra-estrutura nenhuma, sem condições de higiene que dizer de conforto. Amontoadas, encostadas umas as outras, sendo agente disseminador de doenças diversas, para o corpo e para a alma. Casas “remendadas” aos poucos, escoradas na beira dos rios ou nas encostas dos morros. Sujeitas à contaminação de enfermidades vindas da água suja do esgoto derramado, ou mesmo a deslizamentos de terra gravíssimos, destruindo famílias e mais famílias de uma só vez.
E as pessoas vão levando, por horas trabalhando, por outras passando mais apertado, quando dá faz uma comprinha, quando não dá se mantém com doações. A barriga que dói por falta de comida, a saúde que falta decorrente da má alimentação.
Crianças que cuidam de crianças, mutuamente, sem o direito de brincar. Famílias inteiras, que sem instrução, passam dificuldades absurdas para sobreviver. Moram mal, comem mal, vestem o que tem provavelmente já usado “por outro alguém”. Andam de transporte público três, quatro horas por dia, em ônibus apertados, ou trens em condições subumanas, locomovendo-se muitos trechos a pé, pelo acesso dificultado, ou pela ausência de dinheiro.
O que dizer deste povo brasileiro, que é o suporte da nossa pirâmide, e ainda tem criatividade para compor, cantar, sambar, e alegrar a cultura social?
O que dizer deste povo brasileiro que passa necessidade, mas é incapaz de pegar o que não é seu?
O que dizer deste povo brasileiro que vota em um político confiando na condição que ele tem de ajudar a sua situação, e descobre que o “amigo influente” na verdade não é tão honesto assim? Mas é incapaz de protestar, acreditando que dá próxima vez será melhor.
O que dizer deste povo brasileiro que se vê obrigado a colocar seus filhos em escolas públicas, muitas delas despreparadas, sem estrutura adequada, e ainda são cobrados por um erro de português?
O que dizer deste povo brasileiro que convive diariamente com a violência, a “guerra civil”, o tráfico de drogas na porta de casa, enriquecendo os vizinhos “desviados para a criminalidade” enquanto passam necessidade, e ainda tenta persuadir o filho de que a honestidade e retidão valem à pena?
O que dizer deste povo brasileiro que divide com o próximo o que não tem, confia em quem usa seus direitos, e ama até mesmo quem não conhece? Este povo que abraça turistas de todas as nações sorri para todo aquele se fizer receptivo, e tem esperança maior do mundo de que “alguém lá em cima” com todas as dificuldades um dia o trará uma vida melhor?
O que dizer deste povo brasileiro que samba, sorri e joga futebol como ninguém, e virou a cara do Brasil? Nos postais que atraem a atenção do mundo, não está uma foto do seu vizinho com carro importado, ou da mulher do seu chefe saindo da academia. Nada errado em ter vida boa, e saber aproveitar o que nosso dinheiro pode oferecer. Mas reconhecer algo especial neste povo brasileiro que merece todo respeito e admiração, talvez seja o começo para amenizar muitas enxaquecas sem sentido.
É difícil, muito difícil. Muitas vezes pensando sobre o assunto, acredito que com a dificuldade, nos aproximamos mais da presença de Deus, que nos conforta, resigna e fortalece. Acredito que talvez este povo brasileiro, seja tomado por um amor descomunal, que os impulsiona a caminhar, esperançosos de que o amanhã será melhor. Acredito que deve haver um amor transcendental que transforma as dificuldades em desafios a serem superados, transportados, vencidos.
Seja qual motivo for uma coisa é certa, existe algo de grande, forte, iluminado, especial neste povo brasileiro, que nos ensina todos os dias que viver vale à pena. Este povo brasileiro que nos mostra que mais importante do que ter um carro zero, é ter saúde para se locomover. Que mais importante que morar em uma casa grande e confortável, é morar junto de quem a gente realmente ama. Que mais importante do que alimento que engorda nossa carne, é comer do pão que vem de cima, e fortalece a alma. Que mais importante do que nos comparar aos demais, é tentar superar nossas próprias dificuldades a cada dia.
Finalizando este texto chego à conclusão de que talvez os valores relacionados à riqueza estejam um pouco invertidos. E que mais importante do que a riqueza material tão perseguida, talvez seja a riqueza sobrenatural que nos coloca acima do bem e do mal, em constante estado de graça. A tal riqueza que não se compra, se merece. Que é destinada a poucos e transforma humildes batalhadores da favela, em referência nacional, cartão postal de um país. Foi analisando este tão falado povo brasileiro que cheguei à conclusão de que riqueza é mesmo uma questão de ponto de vista!

PENSAMENTO

“Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém alem de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem."

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Depoimento sobre 11 de setembro



O mundo todo tem falado no atentado de 11 de setembro de 2001 aos Estados Unidos, e tem comentado as diversas maneiras, como a vida de tantas pessoas foram afetadas depois de todos os acontecimentos.
Venho dar o meu testemunho em relação ao ocorrido. Neste ano do atentado, passei por um período de testes que demorou entre aprovação, obtenção de documentação e espera, por volta de seis meses. Eu participei e passei em uma seleção para trabalhar nos parques da Disney. O objetivo seria atuar posteriormente nos hotéis da rede e fazer outra especialização, só que no exterior. Faltando apenas um mês para eu embarcar, aconteceu toda esta tragédia, e com toda tristeza de tantas famílias, a minha vida também mudou.
O programa foi temporariamente suspenso por se tratar de um ambiente inseguro na época, pelas ameaças, enfim. Com isso eu viajaria em outubro, não fui, e somente quase no segundo trimestre do ano seguinte, reiniciaram outro processo seletivo, do qual não tive mais paciência para participar. Estava trabalhando e não achei que seria o momento ideal.
Resumindo, passado um tempo, conheci meu marido, me casei e certamente, quaisquer que fossem os benefícios adquiridos a nível material, certamente não compensariam a alegria de encontrar uma pessoa que se ama, constituir uma família, e se sentir acolhida. Se estivesse viajado, dificilmente nossos caminhos se cruzariam.
Estou contando este fato, porque muitas vezes nós como cidadãos desempenhando nossos papéis dentro da sociedade, sempre de uma forma ou outra, acabamos interferindo na vida de quem nos cerca.
Seja uma influência de trabalho, a nível pessoal, familiar, enfim. E o bacana disso tudo é aproveitarmos esta chance para consertar o que tiver a nosso alcance, e batalhar para um mundo melhor, mais justo, menos violento.
Ao contratar um profissional na sua empresa, ao orientar uma equipe, até mesmo uma faxineira que colocamos em casa, todos estes atos, modificam a vida das pessoas, por quem de certa forma, somos responsáveis.
Antes de demitir alguém, de considerá-lo inadequado, de brigar com seu filho, criticar um amigo com veemência, pense nisso. Às vezes sem perceber podemos desencadear sentimentos negativos na vida de outras pessoas, sofrimento, enfermidades. E estes sentimentos despertados, por força do universo, muitas vezes podem nos afetar também. Dificultando nosso dia a dia, nossos caminhos, nossas conquistas.

Trate todos com respeito e amor, e peça sempre a direção Divina. ELE certamente sabe o melhor a ser feito. Confie, mentalize e aja. O universo conspira a favor daqueles que lutem pelo bem...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Mulher Moderna X Homem...

Já repararam que a relação homem-mulher está cada vez mais complicada? É que com todo o desenvolvimento das mulheres, reivindicações e conquistas, muito tem se perdido pelo caminho, e em algum momento, esbarramos com uma dificuldade aqui outra ali.
Acho que junto com os sutiãs alguns sentimentos importantes foram queimados também, o que nos deixou com um vazio padrão de comportamento. O posicionamento proativo de muitas mulheres, tão independentes, ajudou a criar um homem por vezes inseguro e por outras, acomodado.
É certo que nós mulheres somos inteligentes, batalhadoras, guerreiras. Mas não podemos esquecer que a nossa feminilidade é parte inerente da nossa natureza. Algumas carências existem, independentemente de querermos ou não. O que acontece, é que aprendemos a conviver com este homem moderno, que foi moldado por uma certa mulher moderna, que quis ser igual a ele. E agora sentimos falta do “homem de antigamente”.  Fatalmente, eles também sentem falta de algumas características daquela mulher que os aguardava com a comidinha pronta, a casa toda arrumadinha, banho tomado.  São os ócios dos tempos modernos transformando as relações.
E agora? Como resgatar aquele homem que abria a porta do carro, mandava flores, pagava a conta do restaurante? Como se manter atualizada, moderna, trabalhar, ter independência financeira, e preservar o romantismo? Demonstrar a fragilidade feminina na hora de receber um carinho, um elogio, um apoio? Como ser forte para suprir um lar, e ao mesmo tempo se manter delicada frente às dificuldades da vida? Como conquistar novamente o mesmo homem, tendo adotado comportamentos diferentes ao longo dos anos?
Como ser direta, prática e ofensiva no trabalho e se manter discreta e defensiva na hora da conquista? Como ser corajosa, empreendedora e atirada, na hora de fechar um negócio, e se manter cautelosa e pouco arrojada na hora de criar os filhos?
É muito complicado para esta mulher atual saber se posicionar, conseguir encontrar o equilíbrio necessário para não desandar aqui ou ali e ainda ser merecedora de admiração. E o que dizer do homem que se relaciona com esta mulher em transformação?
Uma coisa é certa, independente de como se comporte a mulher e o homem nos tempos modernos, o importante mesmo é preservar o respeito, o equilíbrio e o amor.  Encontrar o que realmente faz diferença para um e para outro sem que isso agrida ninguém e mantenha o romantismo e a poesia. Por um lado, é até bom, não termos mais padrões rígidos para comparação, porque assim as pessoas têm a oportunidade de encontrar seu próprio caminho, sua própria postura, sua própria maneira de viver.
Existe uma diversidade tremenda de parcerias amorosas nos tempos atuais, e se comparar a este ou àquele pode fazer com que nossa vida se transforme em uma tempestade. Escute seu (a) parceiro (a), e decidam juntos o melhor caminho a seguir. O verdadeiro amor não faz para o outro o que gostaria de receber, mas oferece justamente o que o outro necessita.
Temos que nos acostumar com as novas famílias onde o homem leva os filhos para a escola e a mulher viaja a serviço. Onde o homem aprende a cozinhar e a mulher come fast food. Onde os filhos passam mais tempo na escola do que dentro de casa e muitas vezes temos que reeducá-los nos finais de semana.
É fundamental que este homem moderno reconheça que nós mulheres continuamos necessitando de proteção, apoio e carinho. E a busca por um trabalho e desenvolvimento foi apenas uma forma de dizer que somos capazes de produzir além das panelas e vassouras. Uma forma de falar que estávamos insatisfeitas com a maneira como nos consideravam aquém das principais decisões que também afetavam nossas vidas.
De resto, tenham paciência com nossas inseguranças e histerias. Continuamos sendo como as rosas, lindas e graciosas, muitas vezes com espinhos aparentes, mas no fundo, o que queremos mesmo, é exalar um perfume sedutor que nos eternize no coração de um homem apaixonado que nos trate com respeito, romance e amor.
Rosas, margaridas, violetas... Somos flores!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

COMO É BOM TER AMIGOS

Como é bom ter amigos! Eles esquentam nossa alma, preenchem nosso coração. Quem tem amigos, nunca fica sozinho, e mesmo quem queira se isolar sabe que se for preciso, tem com quem contar.

Amigo verdadeiro é aquele que transpassa o tempo, o espaço, as dificuldades. Fortalece-se na tristeza, nas situações de angústia, de sofrimento. E se confirma nos momentos de alegria, festa, realização.

Amigo bom mesmo é aquele que te trata da mesma maneira independente de quanto tempo faça que não tenham se visto. Porque o que assegura uma boa relação de amizade não é a quantidade de informações que você possui da vida do outro, mas a profundidade e verdade dos sentimentos envolvidos.

Divertido é observar como cada amigo é diferente e reconhecer nestas diferenças uma forma de graça e aprendizado. Tentar compreendê-los e fazê-los se sentirem aceitos porque mesmo diferentes, são igualmente dignos do nosso amor e atenção; assim como você.

Tem aquele amigo engraçado, despachado, piadista. Tem o tímido, que depois de umas cervejas se transforma. Tem o curioso, o "fofoqueiro" (fofoqueiro não, dotado de capacidade excessiva de comunicação da vida alheia). Tem o chorão, e o que quase nunca demonstra o que sente. Têm os mais sérios, os que riem por qualquer coisa e até aqueles que se parecem com você!

Tem amigo que é bacana, mas insiste naquela camisa xadrez colorida que te faz pensar "ai se não fosse meu amigo..."

A que namora todo mundo e te deixa na saia justa, e a que nunca namorou ninguém.

É assim mesmo, cada um é de um jeito, tem seu estilo, suas manias e ambições. Por um motivo ou outro, nos aproximamos, estreitamos as relações, aumentando os sentimentos, desenvolvendo a cumplicidade.

Cumplicidade, um bom amigo é sempre cúmplice. Mesmo quando discorda de você. Te acompanha, estende a mão, oferece o ombro, por mais que tenha te avisado que "as coisas poderiam não dar certo"!

Quem tem amigo tem sempre uma porta aberta. Uma ajuda para arranjar emprego, uma oportunidade para aprender. Dificilmente passa necessidade, e se tem sobrando, tem sempre com quem dividir.

O bom amigo não cobra o que o outro, por um momento, não pode oferecer. Está sempre de braços abertos, sabe que uma hora, ele virá a seu encontro.

Quem tem amigo tem sempre um conforto presente, alguém para dividir um pedaço de bolo, um copo de cerveja, um cinema no final de tarde.

O mais bacana é que amigo não restringe grau de parentesco. Pode ser desconhecido, do trabalho ou até da família, muito próximo como seus pais, seu marido, ou mesmo um irmão.

O amigo não tem sexo, não tem idade, muito menos religião. E por mais que você brigue com ele, não consegue ficar com raiva, por que no fundo, a dor da sua ausência é sempre maior do que o motivo gerador da discórdia.

Amigos são enviados de Deus que nos ajudam a enfrentar a vida, e nos fazem sentir especiais.

Ainda que percorramos muitos caminhos, eles sempre aparecem de uma forma ou de outra, nos fazendo reconhecer verdadeiramente que "alguém lá em cima" está a fim de nos ajudar.

Sou muito feliz por ter amigos. E por mais que a vida ás vezes nos leve por diversos destinos, onde quer que eu vá, meus amigos vão comigo, fazendo parte das minhas lembranças, me dando forças para caminhar, e muitos motivos para estar logo de volta.

Estive com grandes amigas por estes dias, e voltei para casa sorrindo. Então concluí: amigo é aquele que faz bem para nossa alma!

Obrigada meus amigos por vocês existirem na minha vida, e compreenderem, que mesmo com minhas imperfeições ou excentricidades, sou parceira para toda hora, e fiel por toda vida. E me abraçarem com tanto amor, tanto carinho, tanta consideração...

Ah como é bom ter amigos... Voltei para casa sorrindo...





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Obrigada

Adriana Flores Mafra

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

QUINZE MINUTOS ATRASADA- DILEMAS DE UMA MULHER MODERNA

Quinze Minutos Atrasada -  www.drikaflores.blogspot.com


A minha vida inteira convivi com a "síndrome" dos quinze minutos! Desde a minha infância ouço alguém me falar "que estou atrasada", "que precisamos correr", "onde já se viu..."

Comecei a fazer aulas de balé, muito pequena e lembro como se fosse hoje, a correria, colocando sapatilha dentro do carro, prendendo o cabelo, enfim! E assim foi o período colegial, faculdade, pós...

Na época em que eu atuava no ramo executivo então, a cobrança de ser extremamente pontual me deixava de cabelos em pé. Chegar no horário é sinal de educação, comprometimento e organização. Concordo. Mas daí dizer que os melhores funcionários são os primeiros a chegar, desculpa, mas até hoje não compreendo esta comparação. Como podemos ser julgados por quinze minutos? Como posso passar à incompetente, descompromissado e irresponsável só porque estou atrasado quinze minutos?

A meu ver é muito mais importante, a entrega de um relatório em dia, a apresentação de uma proposta que realmente faça a diferença, e a maneira e agilidade como desempenho minhas atividades dentro do período em que me mantiver disponível. Que importa ser o primeiro a chegar e se enrolar todo para concluir o serviço? Que importa ter o prazer em dizer bom dia a cada um que passar, e ser o último a ir embora? Bom profissional mesmo é aquele que consegue concluir todas as suas atividades dentro do seu horário de trabalho, não aquele que precisa chegar muito antes, ou sair sempre depois.

E de certa forma, sem perceber, carregamos esta exigência para tudo que formos fazer. Outro dia estava indo ao mercado, e corria com o carro, nervosa, como se fosse parar o mundo porque estava atrasada "para fazer compras?" Como assim? Onde está escrito o horário ideal para se fazer compras? E porque gritamos que nem loucos uns com os outros porque sempre estamos atrasados para aquela festinha de aniversário? O que seria por prazer se transforma em uma obrigação, e na maioria das vezes já chegamos a um lugar, com vontade de vir embora. Isso quando nem entramos no salão e chega alguém nos criticando de tal forma, que por um minuto pensamos, "precisa mesmo de tudo isto?".

Concordo, tem gente que exagera, eu mesma já exagerei. Perder o horário além do normal, é muito chato, e cria realmente a imagem de alguém com quem não se pode contar. Atrapalha o parabéns, a hora do cafezinho, e aquela surpresa fenomenal que alguém montou para o momento crucial da festa em que não estava presente. Mas se forem apenas quinze minutinhos, será que faz tanta diferença assim?

Que adianta sermos pontuais nos compromissos, se estamos sempre atrasados no relógio emocional? Mas vale o atraso no relógio do que atraso na vida. Perder o tempo de dizer que se ama alguém, se atrasar para demonstrar um sentimento que fora de contexto não tem o menor sentido. Quinze minutos de atraso fazem diferença na hora de uma repreensão, ou daquele elogio que esperamos a vida toda. Assim sim, chegar atrasado é grave.

Existem momentos na vida, que temos que nos posicionar, e se chegamos atrasados, ainda que quinze minutos, perdemos a oportunidade às vezes, de mudar nossos caminhos.

O importante de tudo isso é que a cobrança não nos torne pessoas amargas e estressadas demais a ponto de não podermos curtir aquele cafezinho gostoso depois da refeição, ou não termos tempo daquele selinho no marido antes de trabalhar, ou daquele abraço mais demorado no filho ao deixarmos na escola.

Somos humanos, e às vezes precisamos destes quinze minutinhos a mais, para tirarmos forças para um dia inteiro de produtividade. Sendo assim devemos relaxar um pouco, e acreditar que a competência esta em concluirmos o que nos dispusemos, dentro do prazo necessário, nem quinze minutos a mais, nem quinze minutos a menos. Mas de maneira prazerosa, natural e criativa.

Não devemos agir como robôs em busca de uma perfeição desenfreada que nos leva a lugar nenhum. Não quero ser perfeita nem modelo de ninguém. Prefiro ser feliz, fazer a diferença de forma natural, e aproveitar cada quinze minutos de prazer que a vida puder me oferecer. E daí que estou sempre quinze minutos atrasada? Pelo menos eu aproveito a vida e sou feliz, e você?

 

 


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Obrigada

Adriana Flores Mafra

quarta-feira, 27 de julho de 2011

IMPACIÊNCIA

www.drikaflores.blogspot.com 

Dizem que paciência é um dom. Ou você tem, ou não tem!

Quando eu nasci acho que fui abençoada com boas qualidades (modesta parte!), mas em compensação, ficou faltando um "pouquinho" de paciência para mim!

Já fui aquele tipo de pessoa que os outros começam a falar e você tenta completar a frase, como por adivinhação?! É coisa de louca não é? Ficar citando palavras aleatoriamente, atrapalhando a conversa! Espera um segundo que fica mais fácil a compreensão...

É que tem gente que demora muito para explicar o óbvio. Então, muitas vezes, já sabemos onde a conversa vai dar, mas a pessoa não conclui, e gera um desespero, uma aflição, e sem perceber, já estamos falando por alguém...

Desde pequena tenho muita agilidade de raciocínio, e isso ao mesmo tempo em que é bom, também prejudica, porque temos que esperar o coletivo compreender igual. Por exemplo, dentro de uma sala de aula. Sempre tem aquele aluno que demora um pouco mais para compreender, aí vai dando um desespero, uma vontade de interromper o professor para tentar explicar diferente e ver se o colega compreende.

E assim é na fila do caixa do eletrônico (sempre tem uma pessoa de idade ou um jovenzinho inexperiente que demora um pouco mais para digitar a senha e tal, e tal...), no caixa do supermercado, no trânsito, em todo lugar existem pessoas testando nossa paciência, o tempo todo!

Mas nada se compara ao fato de termos filhos. Descobri o que era paciência quando me tornei mãe. Paciência para esperar os nove meses (que na verdade são quase dez) para o neném nascer, paciência para esperar o tempo certo de ele mamar, o tempo certo para trocar as fraldas, depois para tirá-la, dar comida, dar banho, para tudo precisamos ter muuuiiiitta paciência. Porque estão em desenvolvimento, então é claro que não desempenham as atividades com tanta destreza. E não podemos ficar o tempo todo resolvendo tudo por eles senão, o que serão quando adultos?

E quando estamos esperando alguma coisa acontecer então? Nossa! É um desespero! A pior coisa para o impaciente é alguém falar, espera um pouco que vou analisar melhor e depois te posiciono. Aí a pessoa não te liga não te dá uma satisfação, e você começa tentar analisar tudo que pode estar passando na cabeça desta pessoa, e isso gera uma ansiedade absurda. Aliás, o impaciente em contrapartida também é muito criativo! Sempre temos boas histórias para imaginar o que deve estar acontecendo?!Isso chega a ser perigoso!

E é nessa ansiedade toda que fazemos as coisas de maneira errada. Falamos o que não devemos, não falamos o que devemos, choramos sem motivo (é, eu mesma já paguei vários micos!), nos precipitamos e concluímos coisas, aí vamos nos explicar e no final não era nada daquilo... Enfim meu caro leitor, a impaciência é um defeito muito difícil de administrar.

Então para aliviar as tensões, tomamos chá disso, chá daquilo (certa vez fiquei cheia de bolotas pelo corpo devido a um destes chás que tomei...), comprimidos, chocolate, vinho, musculação, MEU DEUS! Alguém me ajude a me controlar por gentileza?

A única coisa boa da impaciência, é que não tem monotonia, temos sempre um fato novo com que nos preocupar, assim a vida fica sempre mais agilitada! E engraçada, e por vezes, patética!

Este texto na verdade é um apelo aos equilibrados de plantão: escrevam-me, passem a fórmula secreta, receitem algo realmente "porreta" como diz o baiano. Mas não me abandonem!

Assim como a "Amy", (guardadas as devidas proporções, não me drogo, não bebo tanto assim, não tenho tatuagens, ainda, enfim!), este texto é um pedido de ajuda, não o tornem célebre demais, e se esqueçam do que possa estar dentro de mim, precisando de melhorias! (surtei!). Afinal de contas, como já disse anteriormente, a espera por uma resposta, pode me fazer pegar um foguete de repente, e voar pelo universo seguindo meu caminho como "PLUFT PLAFT ZOOM" (algo assim, já dizia aquela música do Raul eu acho).

Aliás, já adianto que, aquele OVNI em discussão que surgiu estes dias em Embu das Artes SP se não engano, deve ser "engenhoca" de um impaciente cansado da espera do real Disco Voador que aguarda enxergar desde o início de sua vida. Portanto, cuidado! Dizem que quem espera sempre alcança. Mas alcança o quê? Não se arrisquem às reações extravagantes de nós impacientes, pode ser prejudicial à saúde!




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Obrigada

Adriana Flores Mafra

terça-feira, 28 de junho de 2011

DESCOBRI QUE QUERO VOAR!

      Ultimamente tenho me observado um pouco arredia demais diante da condição de dona de casa. Fiquei me analisando e cheguei à conclusão que alguns sentimentos eram desnecessários, ou estavam "superlativando" algumas sensações que independem da condição de estarmos em casa ou não.

      Caiu a ficha, quando recebi uma proposta de trabalho, e não tive vontade de aceitar. Não porque não estou a fim de trabalhar, mas porque não basta ser apenas qualquer coisa para ganhar um troco, e me dizer ocupada. Preciso mais. Algo que compense a minha falta de atenção em casa, o prazer de estar sempre perto do meu filho, do meu marido. Neste momento percebi, que o amor pela família, sempre vai vencer qualquer oferta, que talvez esta comparação seja desleal e injusta. E não devemos nos preocupar em demasiado se todos ficarão bem, porque no fim, por mais que a gente se esforce, a felicidade da nossa família, não depende só da gente.

       Sendo assim, me tornei mais aberta a oportunidades boas, prazerosas e até lucrativas, mas que fundamentalmente possam me fazer mais feliz. Descobri que não é justo culpar pessoas e situações pela minha falta de decisão, vontade ou determinação. Nem tudo que nos permitimos passar, é culpa de alguém. E muitas vezes, é culpa de nós mesmos. A partir do momento que já não aceitamos a condição em que vivemos, algo não está bom; é hora de mudar. Mudar um estilo de vida, alguma situação profissional, uma postura qualquer.

       Sempre fui muito sincera com meus sentimentos, dificuldades e intenções, e acho que tenho conseguido viver bem assim! Para podermos ser boas mães, boas esposas, primeiramente precisamos nos sentir felizes, realizadas, tranqüilas. Não podemos transmitir a paz que não há dentro do nosso coração, ou convencer com paciência, se não estamos pacientes para entender nossa própria história de vida.

       Meu recado hoje é pra você, que assim como eu, passa por momentos de desencontros e indecisões, onde o amor (Graças a Deus!) que nos cerca, ao mesmo tempo em que nos fortalece nos impede às vezes de voar. Como voar sabendo que nosso ninho ficará em solo, ainda que em terra firme, mas longe do nosso toque, da nossa vista?

       Talvez haja um meio termo onde consigamos voar, não tão alto, mas continuamente. Assim, podemos ser felizes com a sensação do vento batendo no nosso rosto, e completas, por conseguir do céu, avistar nossa cria. Não é pecado algum querermos dar um rasante aqui outro ali, é humano, é real, necessário.

       Se você está com necessidade de se realizar em alguma coisa, que a sua condição atual não te permita, tente o meio termo. Mais vale um pouco mais de felicidade, do que muito de desconforto. O ninho, nunca sai do lugar, e se o construímos de forma sólida, quente, protegido, pode ventar, chover, nada abala o que está alicerçado com amor, proteção e direção de Deus.

       Descobri que quero voar, baixinho, devagarzinho, suave, não importa, sentir a emoção do vento, ver a beleza dos mares, o perfume das matas...ainda que de vez em quando, ainda que menos do que poderia...

       Já sinto o vento sobre o meu rosto, balançando os meus cabelos, secando a minha boca... Esquentando o meu coração... Ah, descobri que quero voar,... Baixinho...



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Obrigada

Adriana Flores Mafra