Estes dias recebi um
texto que me inspirou a respeito do tema. Um homem dizia estar se
divorciando dos seus próprios sentimentos. De uma maneira sábia e
peculiar. Achei interessante porque atualmente as pessoas se
divorciam muito, umas das outras, quando na realidade, deveriam
divorciar-se de si mesmas, dos sentimentos negativos e inoportunos
que originam uma série de conflitos internos, e sociais.
Hoje proponho uma
atitude diferente. Porque não iniciamos um processo de divórcio
coletivo de tudo aquilo que nos faz mal, que nos atrapalha?
Deveríamos nos
divorciar da impaciência que não nos permite muitas vezes desfrutar
de momentos maravilhosos porque mudamos o curso antes mesmo de chegar
ao destino previsto. Que nos impede de ajudar um filho em processo de
desenvolvimento, ou mesmo nos causa uma série de enfermidades que
nossa própria mente produz devida a impaciência que nos toma, nos
angustia, nos consome.
Deveríamos mesmo é
nos divorciar da hipocrisia que nos faz apontar o outro, quando na
realidade nos comportamos de forma tão similar.
Deveríamos ainda nos
divorciar da falta de amor, de caridade, de generosidade que nos
deixa trancados em um mundo cor de rosa e nos impede de estender a
mão a quem realmente precisa.
Deveríamos nos
divorciar sim do descaso que nos permite aproveitarmos os frutos
merecidos do esforço do nosso trabalho, e esquecemos que tem tanta
gente passando necessidade e morrendo de fome bem na frente do nosso
nariz. E mesmo assim, desperdiçamos dinheiro, comida, energia sem a
menor culpa.
Deveríamos nos
divorciar da maldade e do preconceito que nos impede de conhecer as
pessoas como elas realmente são. Criando rótulos sem ao menos
darmos a oportunidade de amar.
São tantos os
sentimentos e atitudes que nos prendem a tantas energias negativas,
que nos puxam para baixo, nos distanciam de Deus, que fica difícil
até elencar.
Creio que quanto mais
nos libertamos de tudo o que nos prejudica, e prejudica o próximo, o
peso que carregamos sobre as nossas costas diminui, e assim como um
maratonista que vai se livrando das roupas pesadas e dos acessórios
inúteis ao longo do percurso, mais leves, conseguimos ir mais
rápido, e mais longe.
Imagine que você é um
atleta, e que precisa render o máximo que puder para vencer uma
prova. Jogue fora o que não é bom, e focalize nas atitudes
produtivas. Você verá que com um pouco de treino, o fôlego se
estabiliza, os músculos se fortalecem, e a nossa mente se equilibra
para nos levar a pontos inimagináveis.
Tenha a alma de atleta!
Se divorcie, jogue fora, elimine. Quando nos desfazemos das coisas
ruins, sobra espaço para tudo o que é bom, e chegar ao pódio,
torna-se somente uma questão de tempo!