Ser
mulher não nada fácil!Além das repetitivas e sempre lembradas
prendas do lar, temos as obrigações como mãe, esposa,
profissional, atleta, economista, analista financeira, advogada,
enfermeira e etc etc etc.
Se
o filho se machuca, logo alguém pergunta: cadê a mãe? Se o marido
fica doente, alguém questiona: “cadê a mulher que não cuida?”
Se a casa está bagunçada, alguém critica: “cadê a “dona”desta
casa? Que desleixo!”
Se
o marido progride na profissão, o mérito é “só” dele. E se
ele não se desenvolve: “a mulher deve fazer alguma coisa que o
descontrola e não deixa ele ir pra frente! Certeza!”
Se
tem comida demais em casa, a mulher é descontrolada, não restringe
a alimentação da família. Se há uma alimentação mais saudável,
naturalista, logo alguém observa que as crianças devem morrer de
fome. (coitadas!)
Se
o cartão de crédito vem alto demais, certamente foi a mulher quem
gastou: claro! Afinal quem paga todas as contas, compra roupa e
presente para a família inteira, vai no mercado, na
farmácia...inusitado seria se fosse diferente.
Ufa!
Lavar, passar, cozinhar, trabalhar fora, cuidar do marido, dos
filhos, e ainda fazer academia!! Claro, mulher que usa a
“desculpa”que não malha porque não tem tempo, é mesmo uma
relaxada e não merece perdão!
Páraaaaa!
Gente, por favor, é coisa demais. Cobrança demais, dentro e fora de
casa. Por gente conhecida, e por gente que nem te conhece!
Mulher
depois que vira mãe então, parece que não tem mais o direito de se
divertir. Nem em festa de família! Onde todos se conhecem, são
parentes, sabem quem são seus filhos, sabem que você é mãe deles,
mas mesmo assim: “O quê, dançou sozinha e “largou”a criança
cinco metros da sua frente, “abandonada”, essa mulher não tem
coração.”
Como
se mulher casada, com filho, não tivesse o direito e a necessidade
de se divertir, relaxar um pouquinho de vez em quando. É não
precisa ser sempre, “de vez em quando” já está bom demais!
O
meu recado vai pra toda a sociedade que exige, cobra e critica as
mulheres modernas que amam, procriam, cuidam da casa e ainda
trabalham fora muitas vezes: não é fácil conciliar tudo, não é
fácil lembrar de tudo, não é fácil ser forte, guerreira,
batalhadora e eficiente em todas as áreas.
Apesar
de sermos “super mulheres” não somos “super heroínas” de
desenho animado. Temos sonhos, desejos, defeitos e necessidades que
nos aproximam dos demais pobres mortais.
Por
isso gritamos, nos descabelamos, dançamos até o chão sempre que
dá! Por isso corremos quase todos os dias como umas loucas para
levarmos os filhos na escola, e comemos chocolate toda vez que
ficamos tristes ou ansiosas!
Somos
mulheres com M maiúsculo, e apesar de não precisarmos de grande
ajuda para realizarmos “todas”as nossas atividades cotidianas,
ainda deixamos nossos companheiros com a impressão de que não
fizemos nada o dia todo quando aparecemos lindas, perfumadas e suaves
quando chegam pra jantar!
Não
pedimos muito; pedimos respeito, pedimos auxílio, e até certa
compreensão. Nosso grito é de desespero e nossa ansiedade é a
busca por perfeição. Nossa loucura é nossa forma de sentir a vida,
e a nossa alegria? A nossa alegria é saber, que mesmo com tantas
cobranças e até dissabores, amanhã esta doida rotina começa
novamente. Ah...feliz a mulher que tem uma família pra chamar de
sua...ser mulher não é nada fácil...mas é bom demais! Vai
entender!