Vocês
já pararam para observar como tem gente que nunca está feliz? Tá
sempre reclamando de alguma coisa, falando mal de alguém?
Difamando
as pessoas, contando publicamente detalhes da vida particular dos
outros que lhes foram confessados intimamente, não para o grupo,
muitas vezes até como uma forma de desabafo.
Desdenham,
diminuem, humilham uns aos outros. Isso não é legal. Muitas vezes
as pessoas podem até se exceder em um comentário ou outro, afinal
quem é perfeito? Mas será que ao invés de falar da vida alheia não
seria melhor buscar aquilo que nos faz felizes?
O
pior é que esta tal “sociedade” materializada na boca de um ou
de outro, demonstra ser preconceituosa e exigente com aquilo que nem
ela mesma pode oferecer.
Comprometer
a dignidade de uma pessoa, criar estereótipos, é muita
irresponsabilidade. Ninguém pode ser reduzido a um gesto, a uma
modelo de roupa ou coisa do tipo.
Tá
cheio de pessoas dentro desta “tal sociedade perfeita” que não
existem, se dizendo tão corretos, tão enquadrados nos modelos
exigidos, que quando você vai conhecer, não valem nada. Mas vale
ser honesto, desprendido, ...feliz!
Muitas
pessoas julgam o que não têm coragem de fazer. Criticam porque têm
inveja de não conseguirem ser igual. Humilham porque se acham tão
pequenos que precisam diminuir o outro para ver se sentem um pouco
melhores.
Como
dizia minha avó Julieta: “Não tem o que fazer, vai lavar uma muda
de roupa, uma pia cheia de louça meu filho...”. Haja roupa suja
para lavar!
Se
a pessoa está fora de forma, é porque é relaxada, não se cuida, é
preguiçosa. Se a pessoa se cuida, vai na academia com frequência,
tem um corpo definido, é porque é fútil, não tem nada na cabeça.
Se
é intelectualizada, é “nerd” demais, não gosta de gente, não
se relaciona com ninguém. Se tem facilidade de comunicação, vai em
todas as festas, é animado, não quer nada com a vida.
Se
a mulher trabalha fora, é porque não tem apego à família, não
sabe valorizar o lar que tem. Se fica em casa para se dedicar aos
filhos, é folgada, encostada, não gosta de trabalhar. E por aí
vai...
Como
se todo mundo que estivesse acima do peso é porque é desregrado,
não porque teve um problema de saúde que o fez chegar até ali.
Como se toda pessoa que gostasse de cuidar do corpo fosse desprovida
de capacidade de raciocínio. Como se todo intelectual não gostasse
de conversar. Ou todo comunicativo, não tivesse seus momentos de
introspecção. Como se a mulher que trabalha fora, não sofresse por
ficar longe dos filhos, e como se toda mulher que trabalha em casa,
não trabalhasse.
Gente,
o que é isso? Porque as pessoas andam tão amarguradas, tão
críticas? Não percebem que este julgamento da mesma forma que vai,
volta sobre a boca de outro alguém? E assim se sofre sem
necessidade, se magoa, se destrói.
Todos
somos diferentes. Nem sempre existe certo ou errado, melhor ou pior,
depende do ângulo que se vê.
Nosso
valor vai além das nossas aparências: físicas e intelectuais.
Ninguém é só aquilo que se vê, que se percebe rapidamente.
Acredito até no poder da persuasão a primeira olhada, feita de
forma pensada por profissionais. Mas viver em função disto, se
preocupar demasiadamente com a opinião alheia e deixar de ser feliz,
sinceramente, acho muito pior.
Precisamos
entrar na era do ser, amar, aproximar, compreender. Precisamos
aprender a ouvir, a tolerar, a convergir.
Precisamos
deixar de julgar, invejar, criticar e aprender que a vida funciona
como um ciclo giratório, e que um dia estamos por cima, e outro
podemos estar por baixo. Que a energia que emitidos, de alguma forma
ela volta, e que quanto mais desprovido de sentimentos negativos nos
formos, mais prosperidade alcançaremos.
Ninguém
é dono da verdade, das opiniões, dos julgamentos. Melhor do que se
preocupar em excesso com a vida alheia, é olhar para o próprio
umbigo. Enxergar o erro dos outros é fácil, difícil mesmo, é
reconhecer os seus. Admitir, assumir e corrigir. O resto é
preconceito, é pobreza de espírito, é limitação de raciocínio,
é falta de humanidade.
Compactuar
com esta “tal sociedade perfeita” que não existe, pode ser
fatal, para qualquer um de nós. É só uma questão de tempo!