Quando
chega o final do ano, muitas coisas passam pela nossa cabeça.
Refletimos sobre tudo o que fizemos, e sobre tudo o que deixamos de
fazer. Repensamos amores, dores, conquistas. Agradecemos, continuamos
a pedir.
É sempre
um momento onde analisamos a vida, as pessoas a nossa volta. Fazemos
um saldo positivo dos bens adquiridos, em contrapartida às noites de
sono mal dormidas com tanto compromisso em nossa mente.
O bom, é
vermos que tudo valeu a pena. Se não pela parte financeira, pela
realização profissional, pessoal, e afins. Sempre vale a pena! Esta
avaliação positiva depende muito mais da nossa visão sobre o
mundo, e muito menos da relação de bens adquiridos.
O nosso
olhar sobre a vida é muito mais relevante do que os próprios fatos
que a evidenciam. O nosso ânimo, o nosso poder de reação, de
entrega, de luta, isso sim vale a pena. O apego aos sentimentos
positivos, à esperança que nunca pode morrer, ao sonho infantil,
que nos transforma em seres reais e sensíveis, e faz com que as
coisas simples do cotidiano, se tornem especiais e necessárias.
Neste final de ano,
talvez não devêssemos fazer promessas do tipo “vou emagrecer”,
“vou economizar”, “vou comprar aquele carro”etc. As nossas
promessas deveriam ser muito mais humanistas e menos egoístas, muito
mais sentimentais e muito menos materiais, muito mais significativas,
e muito menos superficiais.
Não precisamos esperar
a virada do ano para cuidar da saúde, do bolso, da mente. Isso é
obrigação contínua. Mas podemos aproveitar este momento para
reforçar valores, repensar sentimentos, ações concretas que possam
melhorar a vida de todos a nossa volta.
Vejo muita gente
preocupada em ajudar o mendigo da rua (não há mal nenhum nisso), e
se esquecendo de ajudar os próprios pais, um irmão, um amigo
próximo que passa necessidade.
A ajuda, a caridade, o
bem fazer, não se restringe às praças públicas, aos bairros
carentes, às pessoas pobres e desconhecidas. Fazer o bem a quem está
ao seu lado, pode ser muito especial.
Dizem que quando
fazemos o bem, ganhamos pontos com Deus, e com isso amenizamos as
coisas erradas que construímos no dia a dia, mesmo sem perceber.
Fazer o bem não
significa apenas dar dinheiro e comida a quem precisa, muitas vezes a
necessidade de carinho, de atenção, de uma demonstração de afeto
são bem mais significativos.
O amor tudo pode, tudo
cura, tudo ameniza. E não custa nada.
Quem ama sem
compromisso de retorno, sem cobrança, aumenta em mil suas chances de
prosperidade, felicidade, paz de espírito.
Para estarmos de bem
com Deus, precisamos primeiramente estarmos de bem com todos a nossa
volta. Se não, a conexão se fecha, e as mensagens divinas se tornam
confusas e complicadas de compreender. O que nos atrapalha, tira a
nossa paz.
Neste novo ano, não se
preocupe tanto com aquilo que você faz, com os sonhos que ainda não
se realizaram. Mais importante do que fazer o que queremos é ser
quem devemos ser. O mérito não está naquilo que se faz, mas no
benefício que se obtém através do que se conquista.
Que neste novo ano,
aprendamos a amar mais, respeitar mais, dividir mais. Que seja mais
importante sermos amados verdadeiramente do que reconhecidos por
algum mérito profissional, que muitas vezes, não nos pertence. Que
neste novo ano, possamos dar importância, àquilo que realmente tem
valor, e que deixemos as vaidades da alma para os pobres de espírito.
Seja mais, ame mais,
viva mais. O “ter”é consequência do que somos, do que
construímos, do que muitas vezes, merecemos. Ajuste sua “conexão
com o ceú” e verá que o bom andamento da sua vida, será apenas
uma questão de tempo!