terça-feira, 28 de outubro de 2014

Pedras no sapato!



Quem nunca tirou uma pedra de dentro do sapato? Daquelas pequenas, mas que incomodam sabe?
Na nossa vida boa parte do tempo é assim, com pequenas pedras que se infiltram dentro dos nossos sapatos, sem que ao menos saibamos como foram parar ali!
É bem verdade que às vezes ao pisarmos na terra, pedras um pouco maiores entram e machucam os nossos pés. Mas como são grandes, a dor é forte, e logo as identificamos. E assim, podemos removê-las.
Ruim mesmo são essas tais pedras pequenininhas. Aquelas que se espremem bem no meio do calcanhar. Parece até que penetra na nossa pele de forma tal, que nem tirando os sapatos elas não saem. Essas, são as mais perigosas.
São pequenas, passam desapercebidas, só vão doer quando estão profundas, deixando feridas difíceis de curar.
Mas o que fazer? Não adianta. Em algum momento, vamos descuidar, e elas, sorrateiramente estarão ali, novamente nos incomodando.
Algumas situações, alguns sentimentos são como pequenas pedras. Muitas vezes na hora não percebemos algo de tão grave, mais vão machucando de pouquinho. Penetrando na pele levemente. Até que se transformam em machucados grandes, que deixam marcas para a vida toda. “Mas era uma pedrinha tão pequenininha...”. Pois é!
Aprendi a falar o que penso sem sobrepor minha opinião sobre a de ninguém. Aprendi a dizer o que sinto, tomando o máximo de cuidado para não magoar as pessoas à minha volta. Aprendi a respeitar o próximo, e saber conviver com as diferenças. Aprendi que amar é sempre melhor que a falta de amor. Apesar de que o excesso de amor, ou o amor direcionado de maneira incorreta, também pode não ser bom.
Não acerto sempre, por isso também tenho pedras no sapato. Mas, quem não as tem? Me conformar com elas? Nunca. Tudo aquilo que incomoda, machuca, maltrata, não faz bem, de uma forma ou de outra temos que tentar eliminar.
O que fazer então? Trocar o calçado? Não pisar na areia? Evitar alguns caminhos? Usar coturno? Meias até os joelhos? Quem sabe uma palmilha?
Felizmente ou infelizmente não existe uma fórmula secreta. Talvez o real “segredo” seja estarmos atentos, o máximo de tempo possível. Conectados com Deus, em paz com o universo, vigiando.
Não é preciso deixar de viver. Pise na areia se sentir vontade, use tênis sem meias, saia do asfalto de vez em quando, só não esqueça de limpar os pés antes de calçar os sapatos.
Mas não abuse: usar sandálias de dedo no meio da estrada de terra, pode ser fatal, então, vigie. Escolha os bons caminhos, utilize os métodos corretos, e continue caminhando. Pedras sempre vão existir, mas se estiver com o calçado apropriado e prestar bastante atenção onde deve pisar, mesmo que se machuque um pouquinho, vai ser tão rápido e superficial, que não dará tempo para deixar cicatriz!

Pedras no sapato, quem não as tem?