Quando
comecei a escrever, foi por necessidade. E assim o é, até os dias
de hoje. Me expressar através dos meus textos, é uma forma de
mostrar para às pessoas o que sinto. Quem eu sou! É uma maneira
peculiar e “despretensiosa”de me sentir inteira.
Não
escrevo para ser destaque, para elucidar certo glamour ou
competência. Escrevo porque preciso, porque tenho na alma uma
necessidade grande de comunicação, de troca.
Ultimamente
tenho percebido muito intensamente como as pessoas têm medo de
demonstrar seus sentimentos, abrir o coração, se expressar.
O
amor é um sentimento tão sublime e especial que não consigo
imaginar quem não o queira receber. Ser amado, é muito melhor do
que não o ser. Ou não?
Amar
é um ato de coragem. É uma forma de celebração, de reconhecimento
daquilo que o outro tem de bom. E sempre tem!
Eu
vivo o amor com a intensidade com a qual ele se manifesta. Aprendi a
ter vergonha dos sentimentos “negativos”. Esses sim devem ficar
presos dentro do peito, ou melhor soltos, fora da nossa alma. Não
reduza nenhuma arte a atos de exibicionismo. É muito mais do que
isso. Sempre é!
Essa
mania de ser politicamente correto o tempo todo torna a vida muito
sem graça. Sem gosto, sem, sem!! Não pode se expor, não quero me
mostrar, os outros não devem saber...
Já
pararam para pensar a quantidade de vezes que deixamos de viver ou
fazer alguma coisa pensando no que o outro vai pensar? E o que eu
sinto? E o que tenho para dizer, o que eu quero viver?
Gente
por favor, vamos libertar nossos corações e nos preocupar menos com
o que a tal sociedade vai falar. Há muitas outras formas de vaidade
expressas em tantas outras situações mais relevantes, que acreditar
que não se expor como uma maneira de se manter sóbrio e humilde em
suas intenções é uma ilusão descabida!
Sinceramente,
se o meu amor for capaz de produzir sentimentos positivos nas pessoas
à minha volta, vou fazer questão sim de divulgá-lo, propagá-lo,
fazê-lo ter a importância que merece. Não para ser manchete, mas
para que tenha vida! O amor preso dentro do peito, o elogio que
ninguém ouviu, a admiração velada, não fazem sentido algum.
Sufoca quem sente, e frusta quem espera a manifestação.
Nenhuma
de nós é completamente lúcido ou louco, reprimido ou exibido.
Apenas existem formas diferentes de se fazer notar, amar, viver.
Eu
tento fazer da vida algo especial, colorido, prazeroso. Prefiro os
caminhos longos e bonitos aos curtos e sem graça. Sou assim! Preciso
do toque, do cheiro, do abraço, do olho no olho, do algo mais! Tem
quem viva de outra maneira...difícil de acreditar!
É
como diz aquela música do Gonzaguinha: “Quando eu soltar a minha
voz por favor entenda, que palavra por palavra eis aqui uma pessoa se
entregando. Coração na boca, peito aberto vou sangrando. São as
lutas dessa nossa vida que eu estou cantando...Quando eu soltar a
minha voz por favor, entenda; é apenas o meu jeito de viver o que é
amar”.
Canto
a vida, canto as alegrias, os dissabores. Canto. Melhor do que não
cantar e sofrer, é ter a coragem de soltar a voz, mesmo desafinando
de vez em quando. Afinal, a perfeição é algo tão distante de
alcançar. Porque me preocupar em demasia?
Escreva,
cante, dance, declame. Se permita viver, sentir, verdadeiramente.
Melhor viver e sentir, do que sentir e não viver o amor sentido.
Pense nisso!