Aí você confirma o
que sempre soube: no fundo o que importa mesmo é entre você e Deus.
As pessoas têm o
hábito de julgar a capacidade do outro, o talento, a falta dele. Têm
o hábito de criticar o corpo alheio, a beleza, ou a falta dela. A
inteligência, a ignorância, a burrice, o exibicionismo, a timidez.
Tudo se repara, “no outro”.
Se você faz, é porque
faz. Se não faz, deveria ter feito. Será que a maioria dessas
pessoas têm reais condições para avaliar de forma tão cruel assim
o seu próximo?
Vejo justamente o
contrário. O que julga a falta de beleza do outro, é três vezes
mais feio. O que fala da burrice da outra, é mais ignorante que ela.
O que critica a loira gostosa e a chama de superficial, mal sabe
escrever. Ou seja... estou louca ou falta critério?
É, porque, por mais
que seja o cúmulo do absurdo este tipo de comportamento, aquele que
aponta o dedo, deve, no mínimo, ser melhor. E não o é. Porquê?
Porque não lhe falta só a beleza, ou corpo, ou capacidade, ou o que
seja. Lhe falta amor, compaixão, auto-avaliação. Lhe falta
tolerância, com problemas que ele mesmo apresenta. Por isso a
sociedade está como está.
Quem faz a sociedade
somos nós. Nós somos a sociedade. Se ela tem valores deturpados é
porque grande parte de nós também os tem, só que manifestamos no
outro.
Você
não pode manifestar sua insatisfação no outro, e quando receber o
troco se julgar injustiçado. Você contribuiu para isso.
Por isso cada dia mais
tenho a convicção de que as opiniões alheias, comentários que não
agregam, a percepção equivocada que o outro tenha sobre você, é
problema do outro, não seu! Você sabe quem você é, você conhece
sua história, suas origens, os porquês de cada ferida. Não
permita que uma pessoa que mal te conheça dite verdades sobre a sua
vida, que ela não domina nem na dela.
Pessoas bem resolvidas,
felizes, amadas, não perdem tempo criticando nem observando a vida
do outro. As pessoas que não têm a decência de olhar para o
próprio umbigo, reconhecer a suas debilidades e se tratar, não
merecem o seu sofrimento, a sua mágoa, a sua dor.
No fundo, é sempre
entre você e Deus. Ele te reconhece, te fortalece, te levanta. Ele
sabe o valor de cada lágrima derramada, de cada esforço dispensado,
de cada conquista. Ainda que o mundo não te compreenda, não te
aceite, não te valorize, você não pode desistir de você.
Se a gente recebe
aquilo que oferece, seja amor, seja compaixão, seja vida. E receba
de volta o que você semeou. E tenha a consciência tranquila se não
colher os frutos esperados, porque muitas vezes a culpa não é sua.
Nem todo mundo está preparado para oferecer amor. Mas não desista,
porque no fundo, você não precisa ser amado pelo outro. Você
precisa é ser amado por “você mesmo”!