A vida em sociedade
está cada vez mais difícil de se compreender. A divergência de
opiniões, incoerências, desapegos, apegos a coisas sem sentido,
enfim, às vezes acho que não faço parte deste mundo.
Em época de “coelhinho
da Páscoa”, a questão da fé floresce, e alguns conceitos
religiosos se fazem presentes. Estes dias pensei: antigamente as
pessoas brigavam porque não tinham religião, por falta de
conhecimento e contato com valores e princípios e tal; e hoje elas
brigam justamente por causa da religião que têm!!! Não é
estranho? O fato de se ter uma religião praticante não deveria
promover a união?
Talvez este excesso de
informação, e excesso de cuidados e protecionismo tenha criado uma
sociedade mais preconceituosa do que verdadeiramente acolhedora.
Por sua vez, existe o
grupo dos negros, o grupo dos homossexuais, o grupo dos
financeiramente menos favorecidos... Tudo bem, acredito que haja
certas divergências dentro da sociedade, principalmente de direitos,
que devam ser revistas. Mas é preciso ressaltarmos que os “deveres”
também fazem parte das atitudes de quem se inclui na sociedade. É
preciso termos o cuidado de não criarmos subgrupos que ao invés de
promoverem a união, segreguem o convívio comum.
As pessoas brigam por
que querem ter a liberdade religiosa, sexual, profissional, enfim. E
quando alguém se manifesta de forma contrária a algo que foi
proposto, punições massacrantes despertam. Precisamos atentar para
não utilizarmos dois pesos e duas medidas. Saber o que dizer
publicamente e como dizer. Homofobia deve ser crime? Mas o que
realmente a caracteriza? Preconceito religioso também? Então como
manifestar um dogma sem ofender ou causar desconforto? Vivemos ou não
em uma democracia? Pessoalmente, acredito que as pessoas são livres
para fazerem o que quiserem, desde que não ultrapassem o limite do
outro.
As pessoas brigam
demais! Como podemos querer unanimidade de pensamentos se temos uma
sociedade tão diversa em suas origens? O nosso país por exemplo, é
composto por povos de quase toda a parte do mundo. Cada qual com sua
cultura, seus hábitos, suas convicções. A diversidade cultural
deveria servir para enriquecer o nosso conhecimento, não segregar.
Se ao invés da intolerância de que ordem fosse, existisse o
respeito ao próximo, muitos problemas se resolveriam por si só.
Não importa o que cada
qual faça da sua vida, desde que propague o amor, a paz, a união.
Tudo o que for distante disso, na minha opinião é preconceito sem
sentido, política, algazarra, perda de tempo, falta do que fazer.
O julgamento
precipitado faz julgar inocentes e agir com parcialidade. Ao invés
de nos preocuparmos em sobrepor nossas opiniões, que tal se
ouvíssemos um pouco mais e criticássemos um pouco menos para viver
em paz?
A paz, o amor ao
próximo, a tolerância, a paciência, são cada vez mais sentimentos
escassos neste mundo cheio de “seres superiores”donos de sua
própria razão. Aquele que acredita estar com a verdade absoluta em
suas mãos, está na realidade é muito longe dela!