sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

DIGA QUE VALEU!

Quando chega o final do ano, muitas coisas passam pela nossa cabeça. Refletimos sobre tudo o que fizemos, e sobre tudo o que deixamos de fazer. Repensamos amores, dores, conquistas. Agradecemos, continuamos a pedir.
É sempre um momento onde analisamos a vida, as pessoas a nossa volta. Fazemos um saldo positivo dos bens adquiridos, em contrapartida às noites de sono mal dormidas com tanto compromisso em nossa mente.
O bom, é vermos que tudo valeu a pena. Se não pela parte financeira, pela realização profissional, pessoal, e afins. Sempre vale a pena! Esta avaliação positiva depende muito mais da nossa visão sobre o mundo, e muito menos da relação de bens adquiridos.
O nosso olhar sobre a vida é muito mais relevante do que os próprios fatos que a evidenciam. O nosso ânimo, o nosso poder de reação, de entrega, de luta, isso sim vale a pena. O apego aos sentimentos positivos, à esperança que nunca pode morrer, ao sonho infantil, que nos transforma em seres reais e sensíveis, e faz com que as coisas simples do cotidiano, se tornem especiais e necessárias.
Neste final de ano, talvez não devêssemos fazer promessas do tipo “vou emagrecer”, “vou economizar”, “vou comprar aquele carro”etc. As nossas promessas deveriam ser muito mais humanistas e menos egoístas, muito mais sentimentais e muito menos materiais, muito mais significativas, e muito menos superficiais.
Não precisamos esperar a virada do ano para cuidar da saúde, do bolso, da mente. Isso é obrigação contínua. Mas podemos aproveitar este momento para reforçar valores, repensar sentimentos, ações concretas que possam melhorar a vida de todos a nossa volta.
Vejo muita gente preocupada em ajudar o mendigo da rua (não há mal nenhum nisso), e se esquecendo de ajudar os próprios pais, um irmão, um amigo próximo que passa necessidade.
A ajuda, a caridade, o bem fazer, não se restringe às praças públicas, aos bairros carentes, às pessoas pobres e desconhecidas. Fazer o bem a quem está ao seu lado, pode ser muito especial.
Dizem que quando fazemos o bem, ganhamos pontos com Deus, e com isso amenizamos as coisas erradas que construímos no dia a dia, mesmo sem perceber.
Fazer o bem não significa apenas dar dinheiro e comida a quem precisa, muitas vezes a necessidade de carinho, de atenção, de uma demonstração de afeto são bem mais significativos.
O amor tudo pode, tudo cura, tudo ameniza. E não custa nada.
Quem ama sem compromisso de retorno, sem cobrança, aumenta em mil suas chances de prosperidade, felicidade, paz de espírito.
Para estarmos de bem com Deus, precisamos primeiramente estarmos de bem com todos a nossa volta. Se não, a conexão se fecha, e as mensagens divinas se tornam confusas e complicadas de compreender. O que nos atrapalha, tira a nossa paz.
Neste novo ano, não se preocupe tanto com aquilo que você faz, com os sonhos que ainda não se realizaram. Mais importante do que fazer o que queremos é ser quem devemos ser. O mérito não está naquilo que se faz, mas no benefício que se obtém através do que se conquista.
Que neste novo ano, aprendamos a amar mais, respeitar mais, dividir mais. Que seja mais importante sermos amados verdadeiramente do que reconhecidos por algum mérito profissional, que muitas vezes, não nos pertence. Que neste novo ano, possamos dar importância, àquilo que realmente tem valor, e que deixemos as vaidades da alma para os pobres de espírito.
Seja mais, ame mais, viva mais. O “ter”é consequência do que somos, do que construímos, do que muitas vezes, merecemos. Ajuste sua “conexão com o ceú” e verá que o bom andamento da sua vida, será apenas uma questão de tempo!